terça-feira, 24 de junho de 2014

Te amo


Você mudou a minha vida de uma forma que eu nunca pensei que fosse possível e que é até difícil pôr em palavras. Você me modifica a todo instante. Desculpa esse meu jeito analítico, realista, pragmático, mas precisei ser assim pra sobreviver ao que me foi posto durante todos esses anos. Eu sei que minha natureza não é essa, nunca foi. Minha natureza é de abandono. Desde criança minha mãe dizia que eu era "bandoleira", que quando eu ia pra casa das minhas amigas não queria mais voltar. E ela estava certa, porque por mais que ela fosse uma boa mãe, eu não queria voltar pra casa. Eu queria curtir a minha liberdade, e ainda quero. Ainda hoje me sinto exatamente assim quando saio de casa: livre. E quero sair pra nunca mais voltar. Quero voar. Não é maldade querer isso, mas o mundo me julga impiedosamente. O mundo julga os que abandonam coisas, você bem sabe. E eu nunca fui de abandonar muita coisa, apesar de que, de uma forma ou de outra, a gente tem que abandonar algo quando faz escolhas. E escolhas eu sempre fiz. Por mais que o mundo nos julgue, não podemos abandonar nossa natureza, nossa essência, nossa consciência do que realmente somos. Ainda assim, preciso aprender a lidar com os julgamentos e é nisso que você mais me ajuda. Meu amor, quero abandonar a gaiola, o conforto, a estabilidade e me jogar em um mundo de incertezas com você. Aceita abandonar-se em mim?

segunda-feira, 31 de março de 2014

Clarice


"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."