segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Amizade?


Após o silêncio, o que resta é o vazio.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Aceitação


É engraçado como eu me sinto incomodada quando passo longos tempos sem escrever. Isso significa que estou passando por períodos de paz. Mas o intrigante é que, mesmo com o período de inquietação pelo qual estou passando, não tinha tido inspiração pra escrever... até hoje.

Hoje senti uma necessidade incontrolável de escrever - mesmo tendo passado o feriado inteiro escrevendo e escrevendo! Não é a mesma coisa. Escrever com liberdade, sem padrões acadêmicos, expressando o meu mais profundo sentimento de frustração.

A frustração veio por não ser aceita. Acho que todos têm essa necessidade. Aliás, até desconfio que a falta de aceitação pela qual estou passando nada mais é que um reflexo da falta de aceitação própria do outro. É triste quando tentam te mudar, não aceitam o jeito que você é. O mundo precisa de pessoas que sabem aceitar, que entendem as limitações do outro e que têm sinceridade pra dizer: isso não é legal. Mas nunca - nunca! - terão o direito de pedir que o outro mude.

Todos conhecem suas limitações e, se ainda não conhecem, conhecerão em breve, dentro de um processo natural da vida. Não acredito que as pessoas gostem de ter defeitos. Todos, de uma forma ou de outra, sempre tentam mudar, melhorar, crescer. Mas há pessoas, sim, que não suportam serem enfrentadas, serem colocadas à prova, se sentem incomodadas com isso e se acham no direito de abafar o outro, colocá-lo no lugar que acham que ele deveria estar... lá, quieto. Mudo e sem vida.

E isso eu não aceito.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

(Sem título)


Voltar a escrever é como retomar uma vida que ficou pra trás, esquecida, mas que logo se lembra de como era. Como é bom estar de volta!

Muitas coisas se foram, sim - e ainda bem! - porque a essência permanece, porém mais leve. E que se vá mais ainda, que se movimente, que ande, que evolua, que não pare nunca! Que não se prenda ao passado, nem ao futuro...

Depois de tantos anos guardados sob a poeira, depois do vai-e-vem das coisas que se vão... bate um vazio, uma angústia. Faltou questionar-se, faltou desfazer-se ainda. E que esse ciclo seja eterno, sem cessar, que algo tenha sido aprendido, absorvido e que se vá pra outro lugar.

A transição é mesmo confusa, uma calmaria inquietante. Queira que a vida seja uma troca incessante, queira que sejamos nessa vida amantes.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Um bit, uma semibreve...


É possível se apaixonar mais a cada dia?

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Pra relembrar...


Só trabalhar duro em algo que REALMENTE valha a pena.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Mas antes... que se vá.


E, antes mesmo que se vá, é bom refletir sobre o que já se foi, pois são essas as coisas que nos fazem ser o que somos hoje. Uma das minhas perdas mais recentes: a fé. A fé que, ao mesmo tempo, anda tão viva dentro de mim. Na verdade, o que mudou foi "em que se tem fé", que no fundo é a mesma coisa, só que sem as convenções. Hoje eu posso dizer: sou uma crente! Creio nas pessoas, creio em tudo o que está à minha volta, independente de religião. Mas, acima de tudo, creio na vida, na alegria, na paz e no bem. Tenho a certeza de que caminho cada vez mais em direção à plenitude conturbada com a qual sempre sonhei e que muitas vezes pareceu impossível de se vivenciar. O mais importante é que encontrei pessoas - muitas! - ao longo da minha caminhada que me fizeram ter a certeza de que é difícil, sim, mas não impossível. E é com essa certeza que eu vou em frente, apoiada na fé e cada vez mais certa de que pode ser real.

domingo, 13 de maio de 2012

Cem Anos de Paixão


Como é bom se sentir viva, amada, útil... se sentir você mesma.
Como é bom ver o orgulho nos olhos e nas palavras.
Como é bom acabar um livro, depois de cem anos, literalmente.
E descobrir que a vida é cíclica. E perceber como tudo faz sentido.
Se sentir criativa, pronta pra uma nova história, pronta pra finalizar histórias antigas.

Lembrar que a minha vida do passado tem prazo de validade.
E o que foi, foi. O que não foi, não foi.
Não vejo a hora de deixar o passado pra trás de vez e me atirar num futuro incerto, novo, instigante.

Que venha! Mas antes... que se vá.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Pontes


"O maior prêmio que a vida oferece é a chance de trabalhar duro em algo que valha a pena."

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Libertação Poética


Meu querido K.

Tu pertences ao pequeno número de homens que ainda sabem amar, sentir e pensar. Como te não amaria eu? Além disso tens para mim um dote que realça os mais: sofreste.

A responsabilidade de fazer-te feliz é decerto melindrosa; mas eu aceito-a com alegria, e estou que saberei desempenhar este agradável encargo.

Olha, querido, também eu tenho pressentimento acerca da minha felicidade; mas que é isto senão o justo receio de quem não foi ainda completamente feliz?

Depois... depois, querido, queimaremos o mundo, por que só é verdadeiramente senhor do mundo quem está acima das suas glórias fofas e das suas ambições estéreis. Estamos ambos neste caso; amamo-nos; e eu vivo e morro por ti.

Crê no coração da tua,

Sofia.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Rua da Coragem, Encruzilhada, Recife.


Por três vezes cruzei, porém mal olhei.
Só agora eu sei.

- E esta é a realização do meu sonho...
- Que aqui vocês sejam felizes!
- Saudades desse teu brilho no olho.

Bem-vindo, 704, que traga paz.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Mudanças


Quando eu paro e olho pra trás, vejo um rastro de mudanças. As pessoas à minha volta me fizeram mudar, as oportunidades me ajudaram a mudar, as circunstâncias me obrigaram a mudar. De uma forma ou de outra, eu mudei. Mudei, mas sei que em essência sou a mesma. Ao mesmo tempo, me sinto feliz, cada vez mais viva... e isso é ótimo!

Eu já vi pessoas à minha volta se entregarem à vida e às obrigações, deixarem os sonhos passar. Eu luto a cada dia pra resgatar os meus, tentar torná-los realidade. Não é fácil, de maneira alguma, mas é maravilhoso! Eu só espero que a vida me dê sempre a chance de fazer o que eu acho que é certo e me mostre que seguir o meu coração é sempre a melhor escolha.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Wanderlust


"Wanderlust é um termo que descreve um forte desejo de caminhar, de ir a qualquer lugar, em uma caminhada que possa levar ao desconhecido, a algo novo, de viajar."

E ao mesmo tempo uma vontade imensa de ficar no meu canto, sozinha, com a minha própria companhia.

Vontade de sair da realidade...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ansiedade


Eu acredito muito que, se alguma coisa tem que ser sua, ela será. Não importam as dificuldades, nada... ela está lá reservada pra você. E a vida só tem me provado isso a cada dia. Mas é quase que impossível segurar a ansiedade às vezes. Especialmente quando essa coisa é um sonho de criança. Sim, foi esse sonho que inspirou praticamente todos os meus desenhos de menina. É um sonho bobo, singelo. Um sonho que eu imaginei ter esquecido, mas não, ele continua lá. É uma vontade incontrolável de ter um canto pra chamar de seu, só seu, do seu jeito. E eu não tô falando de um apartamento inteiro, não... esse aí já é outro sonho. Eu tô falando é de ter um quarto mesmo. Só meu, com a minha cara, com as minhas coisas, só elas e as de mais ninguém.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Felicidade


"Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar. Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar."

domingo, 22 de janeiro de 2012

Cápsula do Tempo


A ideia de colocar todas as minhas esperanças para o futuro numa carta para mim mesma daqui a 10 anos me fascina. Muitas dúvidas tomam conta de mim: será que terei realizado os meus sonhos? Será que terei ainda a mesma essência, ou será que terei mudado tanto que não me reconhecerei naquela carta boba de uma menina cheia de sonhos? Será que ainda serei feliz? Será que terei seguido o meu coração, terei mantido os meus princípios sempre em primeiro lugar? Mas será que ainda terei aquele brilho no olho, ou terei me tornado uma pessoa amarga por não ter me rendido às minhas utopias? Será? Será? Será? Sei lá! Quem sabe? Daqui a 10 anos eu descubro...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Brilho no olho


As pessoas deviam entender que existe uma coisa muito importante chamada brilho no olho. Todos nascem com esse brilho, mas, em geral, ele vai se apagando aos poucos durante a vida.

Pegue uma foto sua criança. Sem dúvidas você encontrará esse brilho aceso como nunca! (por sinal, é um ótimo exercício pra alma rever fotos antigas.)

Mas é importante saber que nem todo mundo deixa o brilho se apagar. Existem pessoas à nossa volta que, mesmo com todas as porradas da vida, conseguem manter essa chama acesa. E encontrar essas pessoas é maravilhoso! Elas te deixam pra cima, têm uma energia positiva muito gostosa. Isso porque elas vivem, de fato, e não deixam que os outros vivam por elas.

Se você consegue identificar essas pessoas à sua volta, observe-as. E cuide delas, não deixe a luz se apagar nunca! Esse tipo de pessoa precisa viver sem amarras: nunca as repreenda. Quanto mais livres estiverem, mais alto voarão e o mais importante: mais te puxarão pra cima e mais perto de você estarão. Chega até a ser contraditório, mas juro que é a mais pura verdade. A liberdade dada a essas pessoas significa "querer voltar sempre" e às vezes não ir embora, só pra ficar por perto mais um tempinho. Só que, inevitavelmente, elas irão embora. São pessoas que não criam raízes e que, acima de tudo, adoram a própria companhia. A boa notícia é que elas voltam todos os dias, cada vez mais radiantes, mais livres, mais bonitas, mais cheias de vida!

E assim mantêm o frescor sempre, como as rosas que são regadas e cuidadas, mas que ainda assim ficam expostas ao sol.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Futuro


"Me escreva uma carta sem remetente
Só o necessário e se está contente
Tente lembrar quais eram os planos
Se nada mudou com o passar dos anos"

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Fugue in D Minor


"Fuga é um estilo de composição contrapontista, polifônica e imitativa", mas também pode ter a ver com ciclismo, geometria, eletrônica... pode ser apenas uma fuga de ideias, ou aquela vontade de ir pra longe. Quantos significados! E eu não consigo encontrar o meu.

A palavra fuga me faz cada vez mais sentido, mas não encontro o seu significado no dicionário da minha alma. Às vezes tenho vontade de fugir mesmo, ir pra bem longe, como se isso fosse resolver os meus problemas, mas eu sei que não vai. Às vezes quero fugir das pessoas que estão à minha volta, mas não consigo e acabo machucando-as. Outras vezes ainda, tento fugir de mim mesma e aí então vejo que é completamente impossível. E me conformo. Saio buscando consertar as coisas erradas que fiz pelo caminho, respiro fundo, e começo tudo de novo, num ciclo sem fim...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Inspiração


Impressionante como a vida toma rumos inesperados. Por mais que você sonhe e planeje, ela sempre dá um jeito de te surpreender: negativa ou positivamente. E é aí que está o grande mistério! Aquele friozinho na barriga do inesperado que te faz querer viver sempre mais intensamente. Mesmo quando a surpresa é ruim, mesmo nesses casos, ela pode vir a se tornar algo incrível sem que você ao menos perceba como aquilo se deu. Às vezes paramos e tentamos entender, mas geralmente voltamos sem respostas e concluimos que assim é muito melhor. A dinâmica da vida se dá no que acontece fora do nosso controle e isso é maravilhoso. Gira, mundo, gira que eu me deixo levar...

Budapeste


Mandar um "Beszélsz angolul?" e ver na cara deles a surpresa e emoção porque um turista estrangeiro faz o esforço de ir além e aprender um pouco mais do que trazem os guias turísticos. Tentar comprar um sabonete no mercadinho da esquina e ver o esforço do senhor em entender - ou tentar! - o que você quer dizer, seja em inglês, alemão, russo, português... no final das contas, nos entendemos mesmo foi na linguagem universal da mímica. Perceber como as pessoas são simpáticas, sempre sorridentes e dispostas a ajudar. Notar a beleza peculiar da cidade, observar que muitos dos prédios estão caindo aos pedaços: herança de um passado de invasões e de anos de comunismo. Descobrir novos sabores, muito diferentes daqueles aos quais estamos acostumados. Olhar pro Danúbio ao entardecer e apreciar a beleza que divide a cidade ao meio, mas que também a une. Lembrar daquela cidade que ficou do outro lado do oceano. Uma cidade que, como Budapeste, também é cortada por rios e pontes. E se sentir em casa. Descobrir que outros também se encantaram por aquele mesmo rio, pelas pontes, as construções, as pessoas e os sabores. Ter a certeza de que viajar é uma das melhores coisas que se pode fazer na vida.