terça-feira, 30 de julho de 2013

Prisão d'alma


Duas coisas muito me incomodam neste momento: o peso da responsabilidade e a mediocridade. Ambos me prendem. A responsabilidade pesa, pesa muito. Quando você se sente responsável por algo ou alguém, sente também muito medo de falhar. Aliás, geralmente, você NÃO PODE falhar. Falhar significa destruir tudo o que foi construído até então, seja material ou moralmente. Sobre a mediocridade: por que é tão difícil fazer diferente? O diferente é reprimido por não se encaixar nos padrões de estética pré-estabelecidos, ou pior: por não estar na moda, por não preencher o número máximo de páginas. Estou cansada disso tudo, de ter que dançar a dança pra ser o que se quer na vida, pra alcançar o que se sonha. Engolir uns sapos, maquiar a verdade, passar por cima de tantas coisas... Pra pôr em prática o que se acredita e, quem sabe, mudar algo no caminho. É preciso acreditar muito! Demais! Até mais do que talvez eu seja capaz! Mas amanhã é sempre um novo dia e o ciclo recomeça: tenta, tenta, consegue, não consegue, tenta de novo, cansa, cansa, cansa, tenta, tenta, tenta, tenta...

domingo, 28 de julho de 2013

É música ou é tecnologia?


Acreditamos que a música já há muito tempo usa a tecnologia como meio de expressão. A tecnologia, por sua vez, não existe por si só, mas precisa de outras inspirações para ganhar sentido. O encontro entre esses dois mundos era, então, algo que não podíamos evitar. E assim nasceu o projeto que viemos aqui apresentar.

Kássio é músico por paixão e professor por vocação, um pesquisador nato. Começou como baixista, mas viu na educação musical a possibilidade de ampliar os seus horizontes. A partir daí ele buscou mais, foi além. E hoje se considera, acima de tudo, um experimentador. Descobre instrumentos e toca pessoas, pois acredita que na vivência artística está a resposta para o autoconhecimento.

Sofia é engenheira de formação e artista por força do hábito, brinca de ser professora nas horas vagas. Começou no teatro, mas o gosto pela robótica a fez escolher a engenharia. Em sua busca incessante pela significação do que fazia, redescobriu a robótica como ferramenta para a criatividade. Hoje, se dedica a mostrar como tecnologia e arte podem dialogar.

Mas atenção! Este projeto não está pronto, fechado, nem muito menos acabado. Ele começa agora e não sabemos onde pode parar. "Pode ser aqui, ou pode ser acolá". Apesar disso, nosso objetivo é único e claro: queremos desconstruir, inquietar e contaminar!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Computadores fazem arte


Tem muita gente que não entende o meu trabalho, não entende o que eu faço. Acha massa! Mas não faz ideia do que é. Na verdade, acho que nem eu. A verdade é que eu acordo todos os dias pra ressignificá-lo, todo santo dia eu encontro um significado mais bonito ainda pra ele! E hoje foi um desses dias especiais em que a gente se sente importante, se sente fazendo o certo. Um daqueles dias em que a gente tem a certeza de que encontrou o melhor trabalho do mundo!

Comecei na engenharia e a tecnologia me fascinou. Todas aquelas possibilidades... elas eram infinitas! Mas ainda muito frias naquela época, não faziam muito sentido. Tentei trabalhar como qualquer pessoa normal faria depois de se formar. Até montar empresa eu tentei! Mas não dava, não era aquilo. Aquela rotina fria, mecânica, aquilo não me dava prazer. E vejam só que onda. De repente comecei a notar que aquele meu conhecimento fazia muito mais sentido pra outras pessoas que pra mim. Eu podia mudar vidas! Sim, eu podia. Podia transformar pessoas! E aquelas pessoas, sim, poderiam transformar o mundo de um jeito que eu nunca conseguiria. E só aí tudo começou a fazer sentido.

Volto, então, àquela velha pergunta que as pessoas insistem em me fazer e que eu me enrolo toda pra responder: "tu trabalha com o quê?". Pois é, não sei, realmente não sei o que dizer. Só sei que todos os dias eu vejo pessoas descobrirem mundos inteiros, universos fantásticos, que estavam tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes. E que o que eu ofereço não passa de meia dúzia de novas ferramentas e uma oportunidade! Imagina que só com isso eu vejo artistas nascerem e transformarem sua imaginação em realidade? Pois é.