segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Budapeste


Mandar um "Beszélsz angolul?" e ver na cara deles a surpresa e emoção porque um turista estrangeiro faz o esforço de ir além e aprender um pouco mais do que trazem os guias turísticos. Tentar comprar um sabonete no mercadinho da esquina e ver o esforço do senhor em entender - ou tentar! - o que você quer dizer, seja em inglês, alemão, russo, português... no final das contas, nos entendemos mesmo foi na linguagem universal da mímica. Perceber como as pessoas são simpáticas, sempre sorridentes e dispostas a ajudar. Notar a beleza peculiar da cidade, observar que muitos dos prédios estão caindo aos pedaços: herança de um passado de invasões e de anos de comunismo. Descobrir novos sabores, muito diferentes daqueles aos quais estamos acostumados. Olhar pro Danúbio ao entardecer e apreciar a beleza que divide a cidade ao meio, mas que também a une. Lembrar daquela cidade que ficou do outro lado do oceano. Uma cidade que, como Budapeste, também é cortada por rios e pontes. E se sentir em casa. Descobrir que outros também se encantaram por aquele mesmo rio, pelas pontes, as construções, as pessoas e os sabores. Ter a certeza de que viajar é uma das melhores coisas que se pode fazer na vida.